O Casarão Resumo | Personagens | Trilha Sonora

Confira o resumo da novela O Casarão desde o primeiro capítulo. Além do resumo você terá informações sobre a história, personagens e trilha sonora. Fique por dentro das novidades das novelas, aqui você encontra o resumo completo de O Casarão e de todas as novelas da Globo.

Sobre a Novela O Casarão

◘ Período de exibição: 07/06/1976 – 11/12/1976
◘ Horário: 20h
◘ Nº de capítulos: 168
◘ Autoria: Lauro César Muniz
◘ Direção: Daniel Filho e Jardel Mello
◘ Direção-geral: Daniel Filho
◘ Codireção: Marco Aurélio Bagno

Marco na renovação da linguagem das telenovelas, a história mostra as questões vividas por cinco gerações de uma família no norte de São Paulo, tendo como trama central o romance entre Carolina (Sandra Barsotti) e João Maciel (Gracindo Jr.), um talentoso artista plástico que não se conforma com o provincianismo da cidade de Sapucaí, onde é ambientada a trama.

Com idas e vindas no tempo, a novela se desenvolve em três épocas distintas, apresentadas simultaneamente, e atores diferentes interpretam os mesmos personagens em cada fase. No período entre 1900 e 1910, Maria do Carmo (Analu Prestes), mãe de Carolina, é obrigada pela família a se casar com o engenheiro Eugênio (Edson França), mesmo sendo apaixonada pelo português Jacinto (Tony Correa). Na década que vai de 1926 a 1936, a jovem Carolina, pressionada, repete a história da mãe e desiste de fugir com João Maciel, casando-se com Atílio (Dennis Carvalho), comerciante com carreira política ascendente.

No ano de 1976, Carolina (agora representada por Yara Cortes) mantém ainda grande vitalidade, apesar da idade avançada. De longe, ela acompanha o sucesso de João Maciel (interpretado agora por Paulo Gracindo), recortando os jornais que informam sobre as andanças do artista. Por outro lado, Atílio (vivido agora por Mário Lago) está acometido por doenças da velhice e bastante abalado pela perda de seu prestígio na cidade, vivendo das lembranças de um passado distante. O personagem é a imagem do casarão, condenado à destruição pela chegada dos novos tempos. Já João Maciel se mostra ainda em pleno vigor e mantém o mesmo idealismo dos 20 anos, embora não disfarce certo amargor diante da realidade.

Boêmio inveterado, casou-se cinco vezes, mas conserva uma fantasia em relação à Carolina. Sua volta a Sapucaí significa o reencontro com um passado mal resolvido. Depois de muitos desacertos ao longo da trama, e com a morte de Atílio, Carolina e João Maciel realizam o sonho de ficar juntos.

O casarão, personificação da ação do tempo na vida dos personagens, e ele próprio um personagem da história, é destruído. De arquitetura colonial, a casa é inicialmente sede de uma rica fazenda que, no decorrer de 76 anos, vai se depreciando, perdendo sua extensão, transformando-se, ao final, na sede de um empreendimento imobiliário. Suas terras são divididas em pequenos lotes, vendidos para a construção de casas de campo. Um fatalismo histórico marca sua vida: sua construção e apogeu coincidem com a implantação de uma estrada de ferro; em contraponto, na atualidade, uma nova ferrovia deverá passar justamente no local onde está o imóvel, forçando sua demolição.

Resumo de Todos os Capítulos da Novela O Casarão

** Reumo dos capítulos ainda não disponível

A novela narrava três épocas ao mesmo tempo: 1900, de 1926 à 1936 e a atualidade (na época), 1976, com conteúdo inquietante, ao abordar a decadência das tradicionais oligarquias cafeeiras paulistas, e com isso discutindo temas como feminismo, política, velhice, e principalmente a evolução do comportamento.

No município de Sapucaí, norte de São Paulo, 1900. O poderoso senhor de terras Deodato Leme (Oswaldo Loureiro) consegue, graças à sua influência política, que um ramal ferroviário seja instalado nos limites de sua propriedade, a fazenda Água Santa, e procurar, com isso um meio de facilitar o escoamento do café ali cultivado. Paralelamente, constrói nos domínios de Água Santa, um portentoso casarão, que testemunhará a saga de uma família ao longo de cinco gerações até à atualidade – 1976 – onde mora Carolina (Yara Côrtes), neta de Deodato Leme. Para contar a saga familiar, três épocas são enfocadas.

De 1900 à 1910: Maria do Carmo (Analu Prestes), filha de Deodato Leme, se apaixona por um imigrante português, Jacinto de Souza (Tony Correia), mas é obrigada pelo pai a casar com Eugênio Galvão (Edson França), o engenheiro responsável pela construção do ramal ferroviário. O ponto culminante dessa fase é a morte de Deodato, em 1906, numa emboscada armada pelo próprio genro, Eugênio, que, assim, assume o controle político da região.

1926 à 1936: Sapucaí, em pleno progresso, já não depende como antes da fazenda Água Santa. Aqui, um problema semelhante ao de Maria do Carmo é enfrentado por sua filha Carolina: ela ama o artista João Maciel (Gracindo Júnior), mas acaba se casando com Atílio (Dênis Carvalho), filho de Jacinto. Esse período marca o início da decadência da família, cuja fortuna sofre um abalo com a crise econômica mundial de 1929.

1976: Agora se afloram todos os problemas criados ao longo de anos de dificuldades. As terras de Água Santa são apenas a terça parte da fazenda original. E diversos fatores somam-se para determinar a derrocada final: o surto de industrialização, o êxodo rural, a própria decadência psicológica de seus proprietários. Diante deste quadro, os filhos de Atílio e Carolina são levados a transformar a fazenda num grande loteamento, enquanto o projeto de uma nova estrada ameaça o velho casarão.

É essa realidade que João Maciel encontra quando volta a Água Santa para reaver uma escultura que ali enterrara muitos anos antes. E seu relacionamento com Carolina torna-se tenso, pois ambos revivem o amor do passado. Com a morte de Atílio, Carolina decide reaproximar-se de João Maciel.

Ao final, o casarão é vítima de uma amarga coincidência histórica: a nova ferrovia passará exatamente pelo lugar onde ele está. Nascido do progresso que a antiga estrada trouxera, ele desaparecerá por circunstâncias semelhantes. A cena final da novela foi considerada uma das mais lindas da história das telenovelas. Depois da morte de Atílio, Carolina chega ao encontro marcado com João Maciel, na Confeitaria Colombo, perguntando a ele se estava muito atrasada e obtendo como resposta:”Só quarenta anos!”

A mulher brasileira
Além de acompanhar a evolução da família de Deodato Leme (Oswaldo Loureiro), a novela apresentava um viés feminista, abordando o papel da mulher na sociedade em épocas diferentes. A personagem Lina (Renata Sorrah), por exemplo, desafia o conservadorismo. Casada com Estevão (Armando Bógus), ela se apaixona por Jarbas (Paulo José) e decide viver com o homem que ama, recebendo todo o apoio da avó, Carolina (Yara Cortes), numa identificação de propósitos entre as duas.

Também tem destaque na trama a influência da Igreja Católica na sociedade brasileira. Nas três épocas de O Casarão, existe a participação ativa de padres: na primeira e na segunda fases, a igreja é representada pelo vigário Felício (Hélio Ary); na terceira, pelo padre Milton (Nilson Condé).

Em O Casarão, a costumeira pergunta do telespectador de novelas, “o que acontecerá?”, foi substituída por “como aconteceu?”. O público teve dificuldades para compreender as inovações da história, que apresentava atores diferentes vivendo os mesmos personagens em tempos distintos, porém apresentados simultaneamente. No dia do lançamento da novela, a Rede Globo recebeu telefonemas de telespectadores que sentiram dificuldade de entender o enredo por causa da nova linguagem. Por isso a emissora reprisou o primeiro capítulo, no mesmo dia, às 23h.

Um incêndio no prédio da TV Globo, no Jardim Botânico, três dias antes da estreia da novela, fez com que as gravações de O Casarão fossem transferidas para os estúdios da Herbert Richers, na Usina, na zona norte da cidade.
O Casarão recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor novela do ano.

Segundo Lauro César Muniz, O Casarão fechou um ciclo de trabalho, iniciado com a novela Os Deuses Estão Mortos (1971), realizada pela TV Record, que focalizava os anos anteriores à República, e Escalada (1975), exibida na TV Globo, que tinha entre suas fases a década de 1940.

Em março de 1983, a novela foi reapresentada numa versão compacta de 30 capítulos, às 20h.

Elenco
Ana Maria Grova – Francisca (1ª fase)
Analu Prestes – Maria do Carmo (1ª e 2ª fases)
Aracy Balabanian – Violeta (3ª fase)
Arlete Salles – Maria Helena (participação especial)
Armando Bógus – Estevão (3ª fase)
Arthur Costa Filho – presidente da Câmara (3ª fase)
Aurimar Rocha – Médico – participação especial
Bete Mendes – Vânia (3ª fase)
Carlos Duval – Pai de Francisca (1ª fase)
Daisy Lúcidi – Alice (3ª fase)
Dennis Carvalho – Atílio (2ª fase)
Edson França – Eugênio (1ª e 2ª fases)
Elizangela – Mônica (participação especial)
Elza Gomes – enfermeira (participação especial)
Fabio Sabag – bispo
Fernando José – prefeito Rezende (3ª fase)
Fernando Vilar – Francisco (3ª fase)
Flávio Migliaccio – Coringa (2ª fase)
Francisco Milani – amigo de João Maciel (participação especial)
Gracindo Júnior – João Maciel (2ª fase)
Hélio Ary – Vigário Felício (1ª e 2ª fases)
Heloísa Helena – Mathilda (participação especial)
Ida Gomes – mãe de Vânia (3ª fase)
Ivan Cândido – Valentim (2ª fase)
Jacyra Silva
Juan Daniel – Ramon (2ª fase)
Laura Soveral – Francisca (2ª fase)
Lutero Luiz – Afonso (1ª e 2ª fases)
Marcelo Picchi – Aldo (3ª fase)
Marcos Paulo – Eduardo (3ª fase)
Maria Cristina Nunes – Teresa (3ª fase)
Mário Lago – Atílio (3ª fase)
Moacyr Deriquém – Sérgio (3ª fase)
Myrian Pires – Olinda (1ª e 2ª fases)
Neila Tavares – Célia
Nestor de Montemar – Gervásio (2ª fase)
Neuza Amaral – Marisa (participação especial)
Nilson Condé – padre Milton
Oswaldo Loureiro – Deodato Leme (1ª fase)
Paulo Gonçalves – Cardosão (1ª e 2ª fases)
Paulo Gracindo – João Maciel (3ª fase)
Paulo José – Jarbas (3ª fase)
Pietro Mário – amigo de João Maciel (participação especial)
Renata Sorrah – Lina (3ª fase)
Rui Rezende – Abelardo (2ª fase)
Sandra Barsotti – Carolina (2ª fase)
Tâmara Taxman – enfermeira (participação especial)
Thelma Elita – Conceição (3ª fase)
Thelma Reston – Sofia
Tony Correa – Jacinto (1ªe 2ª fases)
Valdir Maya – agente funerário (3ª fase)
Yara Cortes – Carolina (3ª fase)
Zilka Sallaberry – Mercedes (participação especial)

Elenco / Personagens

DEODATO LEME (Oswaldo Loureiro) – (1850-1906) – Respeitado chefe político da região, tem sob controle a política municipal de Sapucaí, pequena cidade que se desenvolve após sua chegada. Ardoroso republicano, ainda jovem participou ideologicamente da fundação do Partido Republicano Paulista. A corrida ao café o atraiu a Sapucaí, onde virou proprietário da próspera fazenda de Água Santa, tornando-se um dos maiores produtores de café da região. Casado com Olinda Pires de Almeida (Míriam Pires), de tradicional família paulista, é um homem de temperamento sóbrio, de poucas palavras, por vezes áspero no trato com subalternos. Inteligente, decidido, autoritário, às vezes tirânico, revela-se contraditoriamente amável e suave quando bebe um pouco de vinho, hábito que aos poucos se transforma num vício difícil de combater, o que o leva a evitar excessos quando está na cidade, preferindo beber em casa, dispensando cuidados à mulher e à única filha, Maria do Carmo (Analu Prestes). É um déspota com a mulher, a quem submete com aspereza e veemência. Duro e inflexível no trato com os inimigos políticos, o que provoca sua morte trágica numa emboscada, em 1906.

OLINDA PIRES DE ALMEIDA LEME (Míriam Pires) – (1857-1930) – Marcada pelo sofrimento solitário, submetida ao isolamento pelos ciúmes doentios do marido, Deodato (Oswaldo Loureiro), sofre calada e resignada, sujeitando-se à condição de esposa escrava e fiel, embora reprima uma grande revolta. Para minimizar o sofrimento, apega-se à religião, fazendo do casarão um templo de sua expiação. Poucas vezes seu relacionamento com Deodato se humaniza e, mesmo assim, apenas quando ele está embriagado, o que a faz incentivá-lo a beber. Teve somente uma filha, Maria do Carmo (Analu Prestes), num parto muito difícil, não podendo mais ter filhos. Mantém uma boa relação com a filha, chegando a apoiar, secretamente, seu romance proibido com um imigrante português. Na segunda fase da trama, com a morte do marido, sofre uma grande transformação, assumindo parte das decisões sobre os negócios da família. Da silenciosa jovem do início do século, resta uma atitude bondosa e compreensiva, principalmente em relação aos problemas das mulheres da época. Mas seu temperamento é forte, orgulhoso e severo. Ainda muito apegada à religião, ocupa-se de pequenos trabalhos manuais e da educação da neta Carolina, deixada sob seus cuidados depois que sua filha Maria do Carmo é internada num sanatório.

MARIA DO CARMO (Analu Prestes) – (1882-1936) – Filha única de Deodato (Oswaldo Loureiro) e Olinda (Míriam Pires). De temperamento alegre, descobre uma maneira diplomática de conviver com a severidade paterna: a dissimulação. Calada e consentida na presença do pai, é forte e expansiva longe dele. No relacionamento com a mãe é sincera. Fisicamente frágil, tem muita vivacidade interior. Gosta de dialogar com os empregados da fazenda e, entre eles, conhece o imigrante português Jacintho (Tony Correa), aprendiz de carpinteiro e operário na construção da estrada de ferro. Impelida pela leitura de folhetins românticos, lança-se compulsivamente a esse amor, impossível devido às diferenças de classes. Mas a vontade paterna e as imposições da sociedade a fazem aceitar a corte e, posteriormente, casar-se com Eugênio Galvão (Edson França), engenheiro responsável pelo projeto da estrada de ferro, contratado por Deodato para erguer o casarão. Sem levar em conta os sentimentos da filha, Deodato marca o casamento com Eugênio e procura afastar Jacintho da cidade. Diante das pressões, Maria do Carmo cede e abandona o português. Tem uma filha com Eugênio, Carolina. Na segunda fase da trama, apesar de gravemente enferma, acompanha o marido em suas viagens durante certo tempo, até ser forçada a internar-se num sanatório para tuberculosos. Por esta época, o jovem Atílio, filho de Jacintho e Francisca, inicia uma carreira política promissora e Maria do Carmo procura influenciar a filha a aproximar-se do rapaz, vendo nesta união a realização de suas próprias frustrações.

EUGÊNIO GALVÃO (Edson França) – (1876-1936) – Vindo do Rio de Janeiro para a construção da estrada de ferro que, por intervenção política de Deodato Leme (Oswaldo Loureiro), passará pela fazenda de Água Santa, transforma-se em amigo e homem de confiança do chefe político, recebendo a incumbência de construir o casarão. Liga-se politicamente ao fazendeiro e passa a frequentar sua casa, sendo uma das poucas pessoas capazes de modificar uma decisão de Deodato. Apaixona-se por Maria do Carmo (Analu Prestes) e sente que seu amor é estimulado por Deodato e Olinda. Enfrenta a rivalidade de Jacintho (Tony Correa) com dignidade e superioridade, consciente de que conquistará a amada, dadas as imposições sociais. Atinge seu objetivo e, após o casamento, evita contato com o sogro, já completamente entregue à bebida. Decide se transferir com a mulher para o Rio de Janeiro. O assassinato de Deodato, no entanto, altera seus planos e Eugênio permanece no casarão, onde nasce sua filha, Carolina, em 1906. Na segunda fase da novela, após a morte de Deodato, assume a liderança política da cidade, estendendo sua influência pelos municípios vizinhos, o que o torna o homem mais forte da região, candidato a uma cadeira como deputado. A carreira de engenheiro dói abandonada. Cultua a memória do sogro, inaugurando uma estátua de Deodato na praça que leva o nome do fazendeiro. Por ser homem público, muito ocupado, deixa a família um tanto abandonada e só tardiamente toma conhecimento da gravidade da doença de Maria do Carmo, que é internada sob sigilo, para não prejudicar sua carreira política.

JACINTHO DE SOUZA (Tony Correa) – (1877-1936) – Imigrante português, chegou ao Brasil por volta de 1895, esperançoso de uma vida melhor. Carvoeiro desde menino, analfabeto, sua ilusões de imigrante foram negadas por uma vida difícil, influenciando sua decisão de transferir-se para o interior, onde tudo parecia melhor. Vai para Sapucaí como empregado braçal na construção da estrada de ferro e lá encontra vários patrícios trabalhando na lavoura do café. Para aumentar seus rendimentos, emprega-se também na fazenda de Água Santa, ajudando na construção do casarão. Em Sapucaí conhece Francisca (Ana Maria Grova), jovem portuguesa que viera para o Brasil há poucos anos. Decide ficar na região, abandonando a estrada. Apesar do afeto por Francisca, sua atenção é atraída por Maria do Carmo (Analu Prestes), que parece corresponder a seus sentimentos. Os dois iniciam um romance às escondidas, e Maria do Carmo começa a alfabetizá-lo. Mas Deodato descobre o romance e acaba com o sonho. Jacintho é expulso da fazenda e passa por uma fase crítica, partindo para outra cidade, seguido por Francisca. Após algum tempo, os dois imigrantes se casam e têm um filho, Atílio, nascido em 1900. Depois de expulso de Sapucaí, Jacintho instala-se numa cidade próxima e destaca-se como artesão. Chega a dedicar-se a vários negócios, fixando-se, após a morte de Deodato, como comerciante em Sapucaí, onde sua vida prospera. Na segunda fase, orgulhoso da posição ocupada pelo filho, Atílio (Dennis Carvalho), sente seu passado reviver quando sabe que ele está apaixonado por Carolina (Sandra Barsotti). Rompendo um silêncio de muitos anos, volta a se aproximar de Maria do Carmo, já bastante doente, e a visita várias vezes no sanatório, com a anuência de Francisca (Laura Soveral), que também se torna amiga na antiga patroa.

FRANCISCA (Ana Maria Grova / Laura Soveral) – (1878-1936) – Filha de imigrantes portugueses, trabalha na fazenda de Água Santa junto com os pais, cuidando dos pés de café. Conhece Jacintho (Tony Correa) e se apaixona. Os dois estão namorando quando o imigrante inicia o romance com Maria do Carmo (Analu Prestes), mas Francisca não se abate, lutando por seu amor até o casamento. Na segunda fase, esposa dedicada e fiel, é complacente quanto ao relacionamento do marido com Maria do Carmo, compreendendo que entre eles há uma relação de raízes muito profundas no tempo.

AFONSO ESTRADAS (Lutero Luiz) – (1880-1936) – Capataz da fazenda de Água Santa, administrador de confiança de Deodato Leme (Oswaldo Loureiro). Bem-humorado, por vezes o fazendeiro pensa em substituí-lo por seu temperamento brincalhão, quase irresponsável, mas desiste pela impossibilidade de encontrar outro capataz tão fiel e que mantenha tão bom relacionamento com os empregados. Afonso é querido por todos. Apreciador de uma cachaça, namorador, galante e falador, é a paixão de muitas moças da fazenda e da cidade. Namora todas, sem se fixar em nenhuma. Faz amizade com Jacintho (Tony Correa) e assume sua defesa quando Deodato o expulsa, quase perdendo seu posto. É o guarda-costas de Deodato, mas age mais com diplomacia do que com violência, chegando a impedir um confronto entre o patrão e Cardosão (Paulo Gonçalves), seu principal inimigo político. Em 1904, adota um recém-nascido, João Maciel, abandonado na porta principal do casarão, e assume a condição de mãe e pai do menino. Comenta-se que a criança é filho natural de Afonso com alguma colona ou prostituta, mas ninguém nunca chega a saber a verdade. Na segunda fase, sua vida é dedicada a três tarefas básicas: acompanhar as evoluções e peripécias de João Maciel (Grancido Jr.), manter a administração de Água Santa e visitar frequentemente Cardosão na prisão. Ajuda o filho em seu romance com Carolina (Sandra Barsotti) e sonha ser um dia o dono da fazenda.

CARDOSÃO (Paulo Gonçalves) – (1865-1928) – José Cardoso é o mais ferrenho inimigo político de Deodato Leme (Oswaldo Loureiro). Forte, truculento, enfático, inteligente e, por vezes, violento, é o líder da oposição e luta contra o paternalismo de Deodato, defendendo uma política mais democrática. Não se abala com as ameaças do fazendeiro, e mantém bom relacionamento com Afonso (Lutero Luiz) e Jacintho (Tony Correa), principalmente após sua expulsão da fazenda. Também tem entendimentos com Eugênio (Edson França) sobre os empregados da ferrovia, dos quais é defensor e líder. Com habilidade e carisma, atrai os mais humildes. Deodato percebe o perigo que Cardosão representa e passa a agir camufladamente, através dos homens fortes da cidade, para tentar travar sua influência. Com o assassinato de Deodato, Cardosão acaba condenado a chefe da emboscada, por mais provas que apresente de sua inocência, e apesar das manifestações de apoio que recebe. Na segunda fase da trama, preso há 20 anos, ainda procura provar sua inocência, contando com o apoio de Afonso e Eugênio, que acredita poder libertá-lo com sua influência. Mas morre na prisão.

VIGÁRIO FELÍCIO (Hélio Ary) – Eminência parda da região, tem fortes ligações com a família de Deodato (Oswaldo Loureiro), tanto pela assistência religiosa que dá a Olinda (Míriam Pires) como pelos contatos permanentes que mantém com o fazendeiro. Na segunda fase, já velho, continua como principal conselheiro de Olinda. Faz alianças políticas com Eugênio (Edson França) e, depois, com Atílio (Dennis Carvalho).

PAI DE FRANCISCA (Carlos Duval) – Homem simples, inteiramente dedicado ao trabalho na lavoura do café.

CAROLINA LEME GALVÃO (Sandra Barsotti / Yara Cortes) – Filha de Maria do Carmo (Analu Prestes) e Eugênio (Edson França), moça de temperamento vivo, produto da educação transmitida pela mãe e pela avó, Olinda (Míriam Pires), já que o pai exerceu pouca influência em sua formação. Da mesma forma que a mãe, vive os problemas de um amor impossível: é apaixonada por João Maciel (Gracindo Jr.), filho adotivo de Afonso Estradas (Lutero Luiz), que se inicia na carreira artística. Toda a família se opõe ao romance, especialmente Maria do Carmo, não compreendendo que João Maciel representa para a filha o mesmo que Jacintho (Tony Correa) representou em seu passado. As ligações de Atílio (Dennis Carvalho) com Eugênio levam o pai a tomar uma posição favorável ao casamento de Carolina com o jovem político. Apaixonada, ela resiste às pressões até que João Maciel parte para tentar novas oportunidades em São Paulo, de onde manda notícias desalentadoras. Imatura, Carolina começa a se envolver com as atitudes refinadas de Atílio e cede às imposições da família. Às vésperas do casamento, João Maciel volta à cidade e, desiludido, a agride violentamente, o que reforça o rompimento entre eles. Na terceira fase da novela, apesar da idade avançada, Carolina (Yara Cortes) mantém ainda uma grande vitalidade, ao contrário de Atílio (Mário Lago), bastante abalado pela perda de seu prestígio e domínio. Embora em momentos se reporte ao passado, Carolina está ligada ao presente. No ano de suas bodas de ouro com Atílio, tem consciência plena de que vive o final do casarão, onde nasceu. Jamais viveu em outro lugar e receia a ideia de morar com a neta, Lina (Renata Sorrah), e seu marido, como planejado pela família. Tem uma grande ligação com o casarão, construído por seu avô. O diálogo com Atílio é difícil, mas mantém um bom relacionamento com os filhos, embora o contato não seja frequente. Carolina procura enfrentar a solidão nas visitas à capela, onde contempla a santa esculpida por João Maciel. Vive a ilusão do que poderia ter sido o seu amor do passado. Recorta os jornais que informam sobre as andanças do artista, acompanhando-o de longe. A volta de João Maciel (Paulo Gracindo) a Sapucaí transforma sua vida.

JOÃO MACIEL (Gracindo Jr. / Paulo Gracindo) – Fruto da educação pouco convencional de Afonso Estradas (Lutero Luiz), seu pai adotivo, herda sua irresponsabilidade, ironia e certa visão anarquista do mundo. Dotado de excepcional e inexplicável talento para as artes plásticas, descarrega em suas obras uma agressividade contra o provincianismo de Sapucaí. Autodidata, acompanha de longe os movimentos mais revolucionários de arte, atraído principalmente pelos que fizeram a Semana de Arte Moderna, em 1922. Sonha em deixar a cidade, juntando dinheiro com pinturas para a nova igreja matriz e para a sede do Clube Lítero-Musical. Recebe a tarefa de esculpir uma santa para a capela da fazenda Água Santa, como promessa de Olinda (Míriam Pires) para o restabelecimento de Maria do Carmo (Analu Prestes). O modelo é Carolina (Sandra Barsotti), e a aproximação dos dois provoca uma forte atração. A personalidade livre e extravagante de João Maciel fascina a moça. O amor cresce entre eles, que fazem planos de deixar a cidade para se unirem em São Paulo, onde João acredita que será recebido como um grande talento. Em homenagem ao sentimento que existe entre eles, João transforma a imagem da santa numa estátua de Carolina-Vênus, disfarçando com um véu o corpo da escultura. O final da obra, para evitar problemas, Maciel mutila sua própria criação artística, colocando a cabeça num pedestal coberto por um longo véu, e enterrando o corpo num local próximo ao casarão. Com o dinheiro deste trabalho, parte para São Paulo, levando a promessa de fidelidade de Carolina. A vida na capital é difícil, o dinheiro começa a rarear e ele é obrigado a empregar-se como escultor de túmulos e, depois, na decoração de casas. É obrigado a vender seu talento e, desgostoso e decepcionado, toma consciência de suas limitações. As cartas de Carolina rareiam. Decide voltar a Sapucaí, onde a notícia do casamento de Carolina o abala ainda mais. Tenta ainda uma aproximação, mas não consegue controlar sua profunda decepção e a agride. Volta para São Paulo e inicia uma carreira de sucesso crescente no Palácio de Santa Helena. Na terceira fase da trama, três vezes vítima de infarto, sente-se ainda em pleno vigor dos seus 72 anos bem vividos. Não envelheceu. Seus amigos são jovens, como ele próprio, que tenta manter o mesmo idealismo dos 20 anos, embora não disfarce um amargor diante da realidade. Boêmio inveterado, é uma espécie de mestre do grupo de intelectuais que frequenta. Casado cinco vezes (cada mulher dez anos mais nova do que a anterior), conserva uma certa fantasia em relação a Carolina, o amor da juventude. O tempo e a doença, e talvez até a ilusão de amor, o fazem voltar a Sapucaí, em busca das raízes perdidas na memória. A carreira artística já lhe deu o prestígio elitista que poderia ter, agora sente a estagnação de sua criatividade. A volta a Sapucaí significa desenterrar o passado, como o corpo da estátua enterrado perto do casarão.

ATÍLIO (Dennis Carvalho / Mário Lago) – Filho de Jacintho (Tony Correa) e Francisca (Ana Maria Grova / Laura Soveral). Nasceu com o século XX e muito cedo conheceu a luta pela vida, ajudando no sustento da família desde os 10 anos. Muito engenhoso e inteligente, conquista a simpatia dos fregueses. No balcão do armazém de Jacintho inicia sua crescente popularidade e faz prosperar os negócios. A política é consequência natural do processo. O afastamento de Eugênio Galvão (Edson França), mais preocupado com a política estadual, ajuda sua ascensão como líder na região. Sabe que Eugênio não o vê com simpatia, devido ao relacionamento de Jacintho e Maria do Carmo (Analu Prestes) no passado, mas isso não o intimida a tentar uma aproximação com a família mais influente da cidade. Age com o mesmo arrojo de Eugênio e consegue aprovar um projeto para a construção de uma ponte sobre o Rio Sapucaí, o que aumenta seu prestígio e o leva a uma aliança com Eugênio, trazendo ainda maiores progressos para a cidade. Com o apoio de todos, parte para a conquista de Carolina (Sandra Barsotti), desconhecendo o romance da jovem com João Maciel (Gracindo Jr.). O casamento se realiza e dele nascem Violeta, Alice e Eduardo. A crise econômica de 1929 e as mudanças da política nacional trazem o início da decadência da aristocracia rural e a imponência de Água Santa começa a se desfazer: parte de suas terras é vendida para enfrentar a crise. O relacionamento com Carolina passa por um período difícil. O movimento revolucionário de 1932 é deflagrado e Atílio participa da guerra civil, sendo ferido em uma das pernas. Com a derrota, volta abatido e humilhado, mas ainda procura refrear a decadência de suas terras. Na terceira fase da novela, Atílio (Mário Lago) é um homem acabado. Embora o médico afirme que sua saúde é de ferro e que tudo vai bem fisicamente, seu estado de espírito revela um homem vencido, mais morto do que vivo. Esquecido pela cidade e alheio a tudo o que o rodeia, passa os dias às voltas com as lembranças do passado, traduzidas em objetos velhos, lixos, guardados num casebre próximo ao casarão. Ali é seu mundo. O mundo de hoje, sua decadência, não lhe importa. A esclerose o mantém distante de tudo, e a vontade também. Surdo, usa o aparelho contra surdez para ouvir apenas o que interessa. A chegada de João Maciel (Paulo Gracindo) e seu amigo Jarbas (Paulo José) provoca nele uma reação positiva. Em Jarbas, hóspede do casarão, reencontra a plateia há muito tempo perdida, o que lhe traz novo ânimo. Mas Atílio é a imagem do casarão, condenado à destruição completa pela chegada dos novos tempos.

GERVÁSIO (Nestor de Montemar) – Correligionário de Atílio (Dennis Carvalho), faz de sua farmácia o ponto de reuniões políticas para apoio do novo líder da região, do qual é o principal cabo eleitoral.

RAMON (Juan Daniel) – Maestro da banda local, correligionário de Atílio (Dennis Carvalho).

VALENTIM (Ivan Cândido) – Opositor de Atílio (Dennis Carvalho), intensifica sua participação política depois de 1930, quando Getúlio Vargas assume o poder. Dono do serviço de alto-falantes de Sapucaí, é amigo de João Maciel (Gracindo Jr.).

ABELARDO (Rui Rezende) – Amigo de João Maciel (Gracindo Jr.) quando este chega a São Paulo. Vagabundo, companheiro de boemia do artista, é um escritor medíocre, e acaba se tornando redator de rádio.
CORINGA (Flávio Migliaccio) – Jornalista, faz parte do grupo de João Maciel (Gracindo Jr.) em São Paulo, apoiando-o na fase de crise.

VIOLETA (Aracy Balabanian) – Solteirona, solitária, introvertida, sente uma enorme dificuldade de se comunicar com as pessoas. É a única de filha de Atílio (Mário Lago) e Carolina (Yara Cortes) a permanecer na fazenda, dedicando seu tempo à leitura e introspecção. Talvez a vida religiosa tivesse sido sua escolha, mas a família a absorveu. Faz do casarão o seu santuário, levando uma vida vazia e sem interesse. O único alento são os momentos de fantasia. A chegada de João Maciel (Paulo Gracindo) e Jarbas (Paulo José) a tornam ainda mais irritadiça, como se eles fossem invasores de sua intimidade medíocre.

ALICE GALVÃO DE SOUZA LINS (Daisy Lúcidi) – Segunda filha de Atílio (Mário Lago) e Carolina (Yara Cortes). Casada com Francisco (Fernando Villar), leva uma vida fútil, condicionada a todas as decisões do marido. A passividade diante do mundo a faz se sentir feliz e seu único objetivo é manter a harmonia do lar, apesar de saber das aventuras extraconjugais de Francisco. A passividade dificulta o diálogo com a filha Carolina (Renata Sorrah), que tenta conscientizá-la inutilmente.

FRANCISCO LINS (Fernando Villar) – Marido de Alice (Daisy Lúcidi), pai de Carolina (Renata Sorrah). Dedica parte de sua vida aos negócios e outra parte às aventuras amorosas. É um dos que mais apoiam a ideia de lotear a fazenda Água Santa, por conta de seu desapego às origens e tradições da família.

CAROLINA / LINA (Renata Sorrah) – Neta de Atílio (Mário Lago) e Carolina (Yara Cortes), filha de Alice (Daisy Lúcidi) e Francisco (Fernando Villar). Esposa de Estevão (Armando Bógus), é a mulher-objeto de um casamento que parecia ideal. A rotina matrimonial indica a fragilidade da união. Sente que há uma crise, mas a consciência plena desse desgaste só acontece quando ela conhece João Maciel (Paulo Gracindo), que a alerta para o fato. Conheceu o marido, um promissor estudante de Engenharia, muito jovem, e os dois tiveram um bom entrosamento. Mas, aos poucos, Carolina percebeu a ambição de Estevão, cuja principal preocupação é a ascensão profissional. Após três anos de um casamento sem filhos, o relacionamento se mostrou difícil e falso. Ela enfrenta as pressões da família e busca romper com a relação. Apaixona-se por Jarbas (Paulo José).

ESTEVÃO BASTOS (Armando Bógus) – Casado com Carolina (Renata Sorrah), acredita que a única salvação para a fazenda Água Santa é o loteamento. Hábil comerciante, brilhante administrador, propõe à família um plano turístico de aproveitamento das qualidades medicinais das águas da região. Apesar de existir um projeto de construção de um novo ramal da estrada de ferro que atravessará o casarão, Estevão vai colocando suas ideias em prática, em viagens que o afastam cada vez mais de Carolina.

EDUARDO (Marcos Paulo) – Filho caçula de Atílio (Mário Lago) e Carolina (Yara Cortes). Solteiro, procura evitar a responsabilidade de um casamento envolvendo-se em vários namoros e noivados. Até encontrar Vânia (Bete Mendes), por quem se apaixona. A família da jovem, no entanto, é contra a união, o que acarreta uma série de problemas entre eles.

VÂNIA (Bete Mendes) – Muito apegada à família, sofre uma forte contradição ao viver um romance com Eduardo (Marcos Paulo). Não quer ferir as determinações da mãe, ao mesmo tempo em que procura manter a relação com o rapaz. Quando o conflito se acirra, toma uma posição de independência, unindo-se a Eduardo.

MÃE DE VÂNIA (Ida Gomes) – Por conta de razões sociais, tenta impedir a aproximação da filha, Vânia (Bete Mendes), com Eduardo (Marcos Paulo). Responsável pelas decisões familiares, sente quando seus argumentos começam a não surtir efeito.

JARBAS MARTINS (Paulo José) – Diretor de cinema frustrado, sobrevive às custas da publicidade. A comercialização do seu talento vai desgastando-o emocionalmente até o rompimento, concretizado na viagem a Sapucaí. Na fazenda de Água Santa descobre um tema de trabalho, a vida do casarão, numa análise sociológica da formação da família brasileira, a economia do café, as transformações políticas, a história de uma família que estratifica toda a evolução de uma fase da história do Brasil. Começa a pesquisa do seu tema ligando-se a Atílio (Mário Lago), com as velhas histórias saídas dos objetos lançados na tulha. Aproxima-se de cada membro da família com uma visão crítica de suas histórias. E reconstitui cada momento do casarão, desde sua inauguração até os dias de hoje. Envolve-se com Carolina (Renata Sorrah).

ALDO (Marcelo Picchi) – Conhecido de Violeta (Aracy Balabanian), em alguns momentos representa seu contato com o mundo, uma ligação com possíveis amigos. Empregado do Departamento de Correios e Telégrafos de Sapucaí, muito humilde, serve Violeta até encontrar Teresa (Maria Cristina Nunes), por quem se apaixona.

TERESA (Maria Cristina Nunes) – Moça do interior, de família simples e modesta, tem sonhos românticos, canalizados para as histórias de revistas femininas. Através de Violeta (Aracy Balabanian), entra em contato com Aldo (Marcelo Picchi).

SÉRGIO (Moacyr Deriquém) – Amigo de Estevão Bastos (Armando Bógus).

PADRE MILTON (Nilson Condé) – Representante da Igreja em Sapucaí, mantém-se permanentemente ligado aos acontecimentos da cidade, participando de sua evolução.

MERCEDES (Zilka Sallaberry) – Participação especial. Primeira mulher de João Maciel (Paulo Gracindo).

MATHILDA (Heloísa Helena) – Participação especial. Segunda mulher de João Maciel (Paulo Gracindo).

MARISA (Neuza Amaral) – Participação especial. Terceira mulher de João Maciel (Paulo Gracindo).

MARIA HELENA (Arlete Salles) – Participação especial. Quarta mulher de João Maciel (Paulo Gracindo).

MÔNICA (Elizangela) – Participação especial. Quinta mulher de João Maciel (Paulo Gracindo).

Trilha Sonora Nacional e Internacional

Nacional:
Fascinação – Tema de João Maciel e Carolina jovens
Composição: Feraudy / Marchetti / A. Louzada
Intérprete: Elis Regina

Latin Lover
Composição: João Bosco / Aldir Blanc
Intérprete: João Bosco

Menina Do Mato – Tema de João Maciel e Carolina mais velhos
Composição: José Jorge / Ruy Maurity
Intérprete: Márcio Lott

Carolina
Composição: Chico Buarque
Intérprete: Aquarius

Quibe Cru
Composição: Jamil Joanes
Intérprete: Chico Batera

Só Louco
Composição: Dorival Caymmi
Intérprete: Gal Costa

Nuvem Passageira
Composição: Hermes Aquino
Intérprete: Hermes Aquino

Coisas Da Vida
Composição: Rita Lee
Intérprete: Rita Lee

Tangará
Composição: Geraldo Azevedo
Intérprete: Coral Som Livre

A Dor A Mais
Composição: Francis Hime / Vinícius de Moraes
Intérprete: Francis Hime

O Casarão
Composição: Ribamar / R. Nunes / Romeo Nunes
Intérprete: Dori Caymmi

Retrato
Composição: Cecília Meireles / Suely Costa
Intérprete: Suely Costa

Internacional:
Hands Of Time
Composição: Michel Legrand
Intérprete: Perry Como

Theme From S.W.A.T.
Composição: Barry De Vorzon
Intérprete: Music Corporation

Forever Alone
Composição: Steve MacLean
Intérprete: Steve MacLean

I Need To Be In Love
Composição: Richard Carpenter / John Bettis / Albert Hammond
Intérprete: Carpenters

Call Me
Composição: Gregg Diamond
Intérprete: Andrea True Connection

Angel
Composição:
Intérprete: Jullian

When You’re Gone
Composição: F. Smit
Intérprete: Maggie McNeall

Living
Composição:
Intérprete: Alain Patrick

I’m Easy
Composição: Keith Carradine
Intérprete: Keith Carradine

My Life
Composição: Michael Sullivan
Intérprete: Michael Sullivan

Honey, Honey
Composição: Stig Anderson
Intérprete: Abba

Girl of the Past
Composição: Peter Mc Green
Intérprete: Peter Mc Green

California Dreamin’
Composição: J. Phillips
Intérprete: The Vast Majority

Miss You Nights
Composição: Townsend
Intérprete: Cliff Richard

Nostalgia
Composição: Francis Goya
Intérprete: Francis Goya

Sharing the Night Together
Composição: Ava Aldridge / Eddie Struzick
Intérprete: Arthur Alexander